domingo, 14 de junho de 2009

A luta continua

Lenine dizia que sem teoria revolucionária e sem organização revolucionária não há revolução possível.

Vasco Gonçalves afirmou que o 25 de Abril será recordado como a revolução mais importante e profunda que abalou a Europa Ocidental desde a Comuna de Paris. Enunciou uma evidência que a burguesia tenta esquecer. Mas é igualmente transparente que sem a sua intervenção pessoal e a de Álvaro Cunhal nos acontecimentos, a Revolução não teria sido aquilo que foi.

No caso português, embora o derrubamento do fascismo seja devido a uma vanguarda armada, o MFA, a situação criada pelo golpe militar não teria desembocado numa ruptura revolucionária sem a adesão imediata e torrencial do povo.
O papel dos comunistas nesse fenómeno social, que pelas suas características surpreendeu a Europa e o Mundo, ainda não foi suficientemente estudado. Mas a grande e generosa vaga inicial, marcada pelo espontaneísmo, teria baixado rapidamente, se o PCP não conseguisse com êxito canalizar, através de uma participação organizada, a combatividade das massas, nas cidades, nas áreas industriais e nos campos do Alentejo e do Ribatejo, para objectivos estratégicos que ultrapassavam largamente as reivindicações conjunturais.

1 comentário:

filipe disse...

Sim, a luta continua. Hoje, nas condições presentes, marcada pela crise geral do capitalismo, pelo descrédito destas "democracias" parlamentares e, no caso português, pela degradação e isolamento de um regime político corrupto, autoritário, também ele mergulhado em profunda crise.
O pensamento e os ensinamentos políticos de Álvaro Cunhal mantêm inteira actualidade e vigor transformador.
Um abraço.