sexta-feira, 11 de junho de 2010

No dia 13 de Junho de 2005, Portugal viu partir um dos seus melhores filhos, a classe operária, os trabalhadores portugueses ficaram sem a presença física de um dos maiores dirigentes do Movimento Comunista internacional.

Neste 5º aniversário da sua morte não quero deixar de deixar a minha homenagem e dizer-lhe onde quer que se encontre, que a luta continua.

Tive o meu primeiro contacto com o camarada Álvaro Cunhal no já longínquo dia 18 de Janeiro de 1975, nesse dia foram trasladados da Republica da Checoslováquia para Portugal e para a Marinha Grande, os restos mortais de José Gregório, vidreiro e destacado dirigente do movimento Operário e do Partido Comunista Português, falecido na clandestinidade durante o regime fascista.

Tive nos anos que se seguiram o prazer, posso também dizer o privilégio de com ele poder estar por várias ocasiões.

Em sua homenagem quero aqui deixar, parte do 1º discurso que proferiu na Marinha Grande , no dia 18 de Janeiro de 1975

“ Fiéis ao legado dos operários vidreiros que em 18 de Janeiro de 1934, pela sua acção heróica escreveram uma das mais importantes páginas da luta dos trabalhadores portugueses contra o fascismo, sucessivas gerações de marinhenses deram, com a sua luta perseverante, uma inestimável contribuição para que o povo português, derrubada a ditadura em 25 de Abril de 1974, pudesse finalmente viver em liberdade.

A classe operária e o povo da Marinha Grande pagaram um pesado tributo pelo seu espírito indomável, pela sua fidelidade à causa dos revolucionários do 18 de Janeiro, pelo seu apego à liberdade e ao socialismo.

«Marinha Grande é um nome escrito a ouro na história do movimento operário português. Melhor se pode dizer: escrito com lágrimas e sangue.

Porque a luta dos trabalhadores da Marinha Grande ao longo de 50 anos de fascismo foi paga com pesadas perdas, com perseguições, torturas, prisões, com o assassínio e a deportação de muitos dos seus melhores filhos, com séculos passados nas masmorras fascistas por muitos anos, com privações e sacrifícios silenciosos e anónimos das famílias dos militantes, educadas na mesma escola de elevada consciência de classe e incansável combatividade.

As tradições de luta do proletariado da Marinha Grande são inseparáveis da actividade dos comunistas. A classe forjou a sua vanguarda revolucionária – a vanguarda revolucionária (os comunistas) soube estar à altura da classe.”

1 comentário:

Joana Rosa disse...

Eu sou filha da Marinha Grande e com muito orgulho o digo: AVANTE, CAMARADAS!