domingo, 21 de novembro de 2010

Segundo um comunicado do PCP, Joaquim Gomes era "um dos mais destacados dirigentes comunistas da história" do partido, que "dedicou toda a sua vida à luta da classe operária, dos trabalhadores e do povo português".

O corpo de Joaquim Gomes estará em câmara ardente durante o dia de hoje, na casa mortuária da Igreja de São Francisco de Assis, em Lisboa, realizando-se o funeral no domingo, pelas 13h00, para o cemitério do Alto de São João, onde o corpo será cremado pelas 14h00.

Natural da Marinha Grande, Joaquim Gomes nasceu a 04 de Março de 1917 e "com apenas seis anos" tornou-se operário aprendiz na indústria vidreira, refere o comunicado.

Na década de 1930 ingressa no PCP e lidera "as primeiras lutas dos aprendizes por reivindicações salariais e contra o trabalho violento e as arbitrariedades do patronato", tendo sido preso pela primeira vez aos 16 anos.

Joaquim Gomes passou à clandestinidade em 1952 e cinco anos mais tarde tornou-se membro efectivo do comité central.

"Foi preso por três vezes pela PIDE e por duas vezes fugiu da cadeia. Uma das suas fugas foi a célebre fuga de Peniche, com Álvaro Cunhal, Jaime Serra, Carlos Costa e outros destacados militantes do Partido", refere o comunicado.

Depois do 25 de Abril Joaquim Gomes exerceu vários cargos dentro do Partido Comunista, até ao fim da sua vida, tendo sido deputado eleito pelo distrito de Leiria entre 1976 e 1987.

"Modesto e discreto, Joaquim Gomes deixa-nos recordações de uma vida de dedicação e de exemplo da resistência ao fascismo, de luta pela liberdade, a democracia e o socialismo. Lega-nos um exemplo de coragem e abnegação revolucionária, reveladoras da vontade e firmeza inquebrantável na luta ao serviço da classe operária, do povo e da pátria", afirma o secretariado do comité central.

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